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Foi a 15 de Novembro de 1988, precisamente há 31 anos, que se usou pela primeira vez uma amostra de células estaminais, numa criança que lutava contra uma anemia de Fanconi. Passados 31 anos, houve uma grande evolução nesta área. Já se recorre ao uso das células estaminais com frequência e em Portugal são várias as empresas privadas que comercializam este serviço.

Actualmente, ainda tenho muitos casais que tem dúvidas em optar por fazer, ou não a criopreservação. É uma decisão que cabe ao casal, e qual quer que seja a sua decisão, é a correcta!

Tal como disse houve uma grande evolução nesta área, em todo o mundo, foram armazenadas mais de 600.000 unidades de sangue do cordão, e foram realizados mais de 30.000 transplantes com sangue do cordão.

O sangue do cordão contém todos os elementos normais do sangue – glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos), plaquetas e plasma. Sendo igualmente rico em células estaminais hematopoiéticas (células que dão origem às restantes células sanguíneas), semelhantes às presentes na medula óssea. As células estaminais têm uma notável capacidade de se diferenciar em muitos tipos de células presentes no corpo, tanto na fase inicial da vida bem como durante o crescimento. Estas células funcionam como uma espécie de sistema de reparação intrínseco, dividindo-se mais ou menos sem limite, de forma a repor outras células, razão pela qual podem ser utilizadas para tratar muitas doenças.

Actualmente usam-se as células estaminais hematopoiéticas do sangue em doentes com disfunções hematológicas e do sistema imunitário, tais como, mielomas, leucemias, linfomas e neoplasias mieloproliferativas. Mas é bom esclarecer as células estaminais podem sem obtidas de outras formas.

Pode obter-se células estaminais hematopoiéticas através de:

  • Medula óssea, colhidas na anca. Esta tem sido a principal fonte de células estaminais hematopoiéticas nas últimas décadas. O primeiro transplante de medula óssea foi relatado em 1957 pelo Dr. E. Donnall Thomas, que mais tarde recebeu o Prémio Nobel pela sua pesquisa pioneira.
  • Sangue periférico. Para colher células estaminais hematopoiéticas do sangue, têm de ser administrados fármacos ao dador de forma a induzir a libertação das células da medula óssea na corrente sanguínea, onde podem ser facilmente colhidas através de um procedimento designado por aférese.
  • Sangue do cordão umbilical. O primeiro transplante que usou estas células foi realizado por uma equipa liderada pelo Dr. E. Gluckman, para o tratamento de uma criança de 5 anos que sofria de anemia de Fanconi.

O Sangue do cordão umbilical (é o sangue que permanece no fragmento de cordão ligado à placenta), é colhido na altura do parto para um saco estéril como uma unidade de sangue, é indolor para a mãe e para o bebé. Acho importante ressalvar, que a colheita só será realizada se mãe e bebé estiverem bem. Em situações de emergência a colheita de células estaminais fica sempre para segundo plano. Todos os profissionais de saúde (enfermeiros e médicos) estão aptos a realizar este procedimento.
O Saco posteriormente é enviado para o banco de sangue que os pais escolheram. Depois de avaliada a amostra, e se reunidas as condições necessárias para a utilização, é-lhe atribuído um número único de identificação e congelada em azoto liquido a -196º (criopreservada).  Em Portugal, os bancos de criopreservação estão a fazer contratos por 25 anos, embora o tempo máximo de armazenamento é ainda seja desconhecido, mas estudos têm mostrado que as unidades de sangue do cordão umbilical armazenadas por mais de 23 anos permanecem viáveis.

 

Chamam-me Fada, ou Encantadora de Bebés! Mas na verdade sou Mãe, Mulher e Enfermeira. 

Sou uma Mulher madura, com formação na área da Saúde (enfermeira), sempre trabalhei no meio hospitalar e em paralelo desenvolvi um projecto pioneiro em Portugal chamado Kuantos Meses (Serviços pré e pós-parto).

Sou mãe de dois filhos, a Joana com 20 anos e o André com 16 anos. Com o crescimento deles surgiram novos interesses, como por exemplo o desporto e a fotografia. Associado ao desporto, uma alimentação saudável e um estilo de vida novo. Recentemente foi-me diagnosticada uma doença Auto-imune – Miastenia Gravis. Uma doença desconhecida para muitos e com a qual eu ainda estou aprender a viver. Sempre fui muito activa e sempre encarei os obstáculos como oportunidades para realizar novos projectos – Agora chegou o momento de fazer nascer o BLOG 

Femme by Enf. Célia

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