A citologia cervico-vaginal, é conhecida vulgarmente por Teste Papanicolau. O teste foi criado pelo médico grego Geórgios Papanicolau, em 1940 e ainda hoje é utilizado e é fundamental no rastreio do cancro do colo do útero.
Com raras exceções, o cancro do colo do útero resulta da infeção genital pelo vírus do Papiloma Humano (Human Papillomavirus – HPV).
O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus muito frequente. É facilmente transmitido por contacto genital, sendo o principal agente responsável por infeções genitais em homens e mulheres
O Teste de Papanicolau consiste na recolha de células da superfície externa do colo do útero, com o auxilio de um escovilhão, para análise laboratorial. É realizado por um ginecologista ou médico de clínica geral que, durante o exame pélvico, feito em posição ginecológica com a introdução de um espéculo, procede à “raspagem” dos tecidos. O procedimento é rápido e indolor, embora possa causar algum incómodo, principalmente se existir tensão — o relaxamento muscular da zona pélvica facilita a recolha das células.
Embora não exija qualquer tipo de preparação específica, é conveniente agendar a consulta ginecológica ou de clínica geral tendo em conta que o Teste de Papanicolau não deverá ser realizado durante o período de menstruação.
Deve ser iniciado aos 25 anos até aos 65 anos de idade. A repetição do exame é feita de 3 em 3 anos. O rastreio oportunista faz parte dos cuidados de saúde personalizados e individualizados, sendo o exame realizado após a avaliação de caso a caso. Inicia-se depois dos 21 anos ou após os 3 anos do início da atividade sexual. Neste caso, não há idade limite para deixar de realizar o exame. Em ambos os rastreios, nas mulheres com mais de 30 anos, pode ser realizado o teste de HPV de alto risco, devendo ser repetido de 5 em 5 anos.
A mulher grávida pode fazer o exame de Papanicolau. No entanto, a sua realização apenas está indicada nos casos em que não houve rastreio adequado anteriormente à gravidez.