A palavra placenta é de origem Grega plakuos e significa “bolo liso”.
É a placenta que permite toda a “comunicação” entre mãe e o bebé durante a gravidez. A formação ocorre na fase inicial da gravidez e esta abandona o útero logo após o nascimento. No final da gravidez pesa cerca de meio quilo, tem aproximadamente 20-25 cm de diâmetro e 2-3 cm de espessura.
A Placenta é um orgão formado por tecidos maternos e embrionários. Ao contrário do que poderia pensar, a placenta não envolve o embrião. Essa função é exercida pelo âmnio (bolsa d’água), dentro do qual o embrião fica imerso.
As principais funções da placenta são:
- Respiratória: Transporta oxigénio do sangue da grávida para o feto e dióxido de carbono do feto para a grávida.
- Nutricional: Transfere para feto os nutrientes necessários para ele crescer e desenvolver-se. Além disso, a placenta realiza funções similares às do fígado, enquanto o mesmo ainda não estiver desenvolvido no bebé, modificando algumas substâncias antes de chegar ao feto e regulando a glicémia.
- Hormonal: A placenta produz hormonas tais como como os estrogénio e a progesterona indispensáveis para a evolução da gravidez.
- Excretora: A placenta filtra para a corrente sanguínea da mãe os resíduos que serão eliminados através dos rins do bebé.
- Imunitária: Transmite anticorpos da mãe e gera imunidade para determinadas doenças infecciosas.
Idealmente a placenta deve manter-se íntegra para um desenvolvimento normal do bebé. Nem sempre isso acontece, ocorrendo alterações como:
- Placenta prévia – A placenta prévia, é também chamada de placenta baixa, e acontece quando a placenta se desenvolve parcial ou totalmente na região inferior do útero, podendo impedir o parto vaginal. A placenta prévia é comum no início da gravidez e não é muito preocupante, pois com o crescimento do útero, ao longo da gravidez, é possível que a placenta se desloque para o local correto.
- Descolamento da placenta – é quando a placenta se descola da parede do útero. Nesta complicação ocorre sangramento, normalmente dores abdominais fortes e é habitualmente uma situação de emergência.
- Placenta Acreta – é uma situação em que a placenta se fixa de forma anormal ao útero, Esta complicação provoca uma dificuldade na expulsão da placenta após o parto, podendo causar hemorragia.
- Placenta calcificada ou envelhecida – Acontece quando este órgão deixa de funcionar corretamente, impedindo a comunicação correcta entre a mãe e o bebé, ocasionalmente, provocando problemas no crescimento fetal.
- Trombose placentária – Ocorre quando há o entupimento de algum vaso sanguíneo da placenta, o que caracteriza uma trombose. Esta complicação pode ser a causa de abortos no inicio da gravidez ou pode não causar problemas, passando despercebido.
Foto: Instagram – eobstetricsandgynecology