Afinal o óvulo, não tem o papel passivo que sempre nos contaram! E a história de que o espermatozóide mais veloz era a o vencedor, parece que também não passa de uma história.
Joe Nadeau, cientista do Instituto de pesquisa Pacific Northwest, em Seattle, nos Estados Unidos, tem “desmontado”, nos últimos anos, os mitos da passividade do óvulo e que o processo da fecundação é aleatório.
Segundo o cientista:
- o óvulo promove a libertação de substancias quimiotáticas que activam o espermatozóide:
-
- é activado um canal de cálcio na cauda do espermatozóide para que se movimente mais rápido.
- é libertado uma enzima (hialuronidasa) que permite que o movimento se faça na direcção certa.
- O liquido folicular, atrai os espermatozóides, até o ovócito.
- O óvulo tem a capacidade de aceitar, ou rejeitar os espermatozoides consoante a sua carga genética.
Mas há mais estudos que reforçam esta ideia, em Londres El Imperial College, descobriu a molécula que determina o encontro entre os gametas:
- O espermatozóide é capaz de reconhecer o óvulo quando as proteínas da cabeça encontram uma cadeia de açúcares da zona pelúcida (zona de fora do óvulo)
- A sequência Siallyl-lewis-x (SLex) é o Carbohidrato encarregue de facilitar a entrada do espermatozoide e a transmissão da carga genética. Se esta sequência, for inibida a fecundação não ocorre.
E estes são os estudos que dizem que afinal o óvulo, na fecundação, não anda por ali a vaguear à espera do espermatozóide campeão!